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O boa gente ameaçado

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  • Publicado: 26/02/2018
  • Atualizado: 12/03/2018 às 13:43
  • Por: Chico Lelis

– Vô, nós vimos um peixe grandão lá na praia. Tinha cara de bonzinho e a gente chegou bem perto. Ele ficou ali, quietinho e nós passamos a mão nele. Continuou bonzinho, quieto. Mas aí chegaram uns caras de barco e disseram que não podíamos fazer  aquilo.

– Por quê?  (criança pergunta tudo, né?)

Então o pessoal que cuida da preservação da espécie que está sempre sob a ameaça de desaparecer explicou a razão das crianças não poderem brincar com os animais.

– Este é um peixe-boi-marinho. Por ele ser assim, como vocês viram tão mansinho, as pessoas de aproveitam e os caçam, para comer sua carne. Assim, não podemos deixar que eles se acostumem com a presença do homem, que nem sempre são bonzinhos com eles assim, como vocês crianças.

Meus netos aceitaram a explicação e repararam que, enquanto estiveram em férias em Tatuamunha (AL), o pessoal passava por lá, de lancha, não deixando o peixe-boi se aproximar demais da praia.

Esse tipo bonachão, que, jamais tem atitudes agressivas, pode pesar até 600 kg e aos quatro metros comprimento, esteve na lista de animais “criticamente em perigo” por muito tempo, ameaçado pelo homem, seu maior predador.

Embora hoje viva uma situação melhor, ao entrar para a lista dos “em perigo”, ainda precisa de proteção. Ela é dada pela Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Chico Mendes, com o apoio da Fundação Toyota, que entrou para o Programa Peixe-Boi em 2011.

Este risco é associado à sua baixa taxa de reprodução. Sua gestação é demorada, durando cerca de 13 meses. Só gera um filhote por vez, com a amamentação durando  até dois anos. Daí, um novo acasalamento só acontece ao fim deste largo período.

A caça em extinção

Com o início dos trabalhos de preservação do Peixe-Boi, que conscientizou os moradores da região, no município de Porto de Pedras (AL), que usavam o animal como alimento, a caça entrou em declínio e está praticamente extinta. Então, o rio Tatuamunha transformou-se num “berçário” da espécie, que teve sua primeira cria, em 2016. O projeto começou há 18 anos. E quem protege o Peixe-Boi hoje? Os moradores da região, evitando que forasteiros o cacem. Como “prêmio” cerca de 70 famílias vivem do turismo do “Peixe-Boi” ao levarem pessoas para conhecer o santuário dos animais.

Ao voltarem  ao seu habitat, os animais recebem um microchip que permite aos veterinários acompanharem, via satélite,  a sua movimentação e possam interferir em caso de necessidade. E os dados gerados, vão auxiliar os estudiosos a definir áreas para sua preservação. 

Preservação!

Preservação é uma palavra muito forte dentro da Toyota. E ela gerou ações como, entre outros programas de proteção, a Arara Azul, em Mato Grosso, programas nas áreas sociais junto às comunidades vizinhas às suas unidades.

E a preservação também entrou nas suas fábricas, quando a Toyota decidiu produzir veículos híbridos dando início ao Desafio Ambiental 2050, para reduzir até o mais próximo possível de “zero” os impactos negativos de seus veículos ao meio ambiente, contribuindo para a formação de uma sociedade sustentável.

E assim surgiram os híbridos, com destaque para o Prius, que responde por mais de 60% das vendas dos mais de 10milhões de modelos da marca vendidos no mundo, incluindo o Brasil, que em junho de 2016 recebeu modelos da quarta geração do carro. Com isso a Toyota reforça seu esforço em preservação.

Fotos: Araquém Alcântara

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