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Bruna Tomaselli mira W Series, e pretende seguir nos EUA

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  • Publicado: 29/12/2018
  • Atualizado: 29/12/2018 às 9:51
  • Por: Leonardo Marson

Entre os diversos nomes que buscam seguir carreira no automobilismo e alcançar uma categoria de topo no futuro, uma menina de Caibi, cidade de apenas seis mil habitantes e 630 quilômetros distante de Florianópolis, capital de Santa Catarina, busca uma oportunidade em uma nova categoria, a W Series, primeiro campeonato do mundo que contará apenas com mulheres no grid. Trata-se de Bruna Tomaselli, que disputou nesta temporada a USF2000, categoria que integra o “Road to Indy”, e algumas provas da Fórmula Academy, campeonato baseado no Brasil.

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Apoiada por Bia Figueiredo, a quem admite se inspirar, a piloto se inscreveu para a W Series e foi escolhida uma das 55 para participar de testes da categoria no próximo mês de janeiro, na Áustria. Apesar de admitir que este é seu principal foco para a temporada 2019, Bruna diz que pretende fazer um segundo ano completo na USF2000, visando alcançar a Indy.

Bruna teve sua primeira experiência em circuito oval neste ano, na etapa de Indianápolis da USF2000. (Foto: IndyCar)

“Sobre a W Series, como surgiu essa possibilidade, o foco principal é se classificar entre as 18 pilotos da W Series, já que estou entre as 55. Vou fazer os testes para tentar ficar entre as 18”, disse Bruna, em entrevista exclusiva para RACING. “caso eu passe, e consiga patrocínio, conciliar a W Series com o campeonato da USF2000”, segue a piloto catarinense, ressaltando o apoio de Bia Figueiredo, atual piloto da Stock Car, na empreitada.

“Desde quando surgiu a W Series, a gente pensou em se inscrever e ir participar. Foi através da Bia Figueiredo, ela me indicou para o pessoal da W Series, e aí eu comecei a entrar em contato com eles. Preenchi uma ficha de inscrição, que todas as meninas preencheram também, e nessa fase foram mais de cem candidatas, e eles selecionaram 55. Graças a Deus eu fiquei entre as 55”, explicou a piloto.

“Em janeiro eu vou para a Áustria para fazer testes físicos, testes de habilidade de pilotagem, com um carro normal, numa pista, durante três dias. Não vai ser simplesmente quem for a mais rápida. Lá isso vai contar também, mas há também pontos para habilidades. Quem anda melhor em pista seca, em pista molhada. Eles não passaram muitas informações para nós, mas acho que selecionarão as 18 a partir destes testes”, seguiu.

Bruna ressalta que sua relação com Bia vem desde 2014, quando a extinta Fórmula Júnior, categoria em que a catarinense corria na época, fez parte da programação da Stock Car em etapa disputada em Santa Cruz do Sul. As duas foram tema de reportagem do canal de TV por assinatura Sportv, e a novata passou a pedir dicas para a veterana, que correu na Indy antes de migrar para a Stock Car.

“A gente fez uma matéria junto e, a partir daí, a gente trocou Whatsapp. Eu peço dicas para ela às vezes. Quando eu corri em oval esse ano, em Lucas Oil (Indianápolis), ela estava lá para assistir as 500 Milhas, e foi lá na pista para dar umas dicas, ver meu carro. E, para a W Series, ela que me indicou. O pessoal entrou em contato com ela, e ela me indicou para ir correr lá. Foi muito bom, agradeci ela”, disse a piloto.

Bruna disputou três etapas da Fórmula Academy Sul-Americana para se manter em atividade após a temporada da USF2000. (Foto: Rodrigo Guimarães)

Bruna será a única brasileira nos testes da categoria exclusiva para mulheres. Mais do que isso, a piloto será uma das duas sul-americanas nos testes da categoria, juntando-se a venezuelana Samin Gómez. Apesar disso, a brasileira não se sente pressionada para conseguir a vaga, mas sim orgulhosa por representar o País nos testes marcados para janeiro.

“Até agora, eu não senti pressão. Lá vai ser um pouco maior. Mas eu sinto orgulho em poder representar o País e a América do Sul. Esse é o sentimento que eu tenho, mas não me sinto pressionada. É uma coisa bacana representar o Brasil”, comentou a catarinense, que trabalha também para seguir na USF2000 na próxima temporada, já que considera importante um segundo ano na categoria.

“O objetivo é fazer mais um ano de USF2000, mas a gente está em busca de patrocínio para poder viabilizar correr lá no ano que vem. Estou em busca disso para correr mais uma temporada, que é o ideal”, completa Tomaselli.

Fotos: USF2000 e Rodrigo Guimarães

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