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Superlicença da Fórmula 1 aumenta importância e audiência das categorias com motores menores

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  • Publicado: 09/12/2021
  • Atualizado: 09/12/2021 às 11:44
  • Por: Racing
Fonte: Pixabay

A Fórmula 1 sempre foi a categoria do automobilismo que mais inovou no cenário mundial. Desde o uso de carros híbridos até regras diferentes para a pole position, acompanhar as temporadas é garantia de novidades. Uma das mudanças mais recentes é a maior rigidez com os jovens pilotos vindo de categorias menores. O uso da Superlicença FIA faz com que a F2, a F3 e vários campeonatos com motores menores tenham mais importância na carreira dos corredores, principalmente os que almejam largar no grid da F1.

Apesar de ter sido usada pela primeira vez em 1987, a Superlicença é algo que ganhou mais importância recentemente. Segundo reportagem do site Globoesporte, a regra sempre gerou discussões nos bastidores, mas nos últimos anos tem sido aprovada pelos pilotos. A ideia é dificultar o acesso à F1, e isso significa exigir mais experiência e resultados dos jovens pilotos. É algo que faz automaticamente as categorias menores ganharem importância e mais atenção.

Por exemplo, a Fórmula 2 começou a ser transmitida pela Band Sports, atual detentora dos direitos de transmissão da categoria no Brasil. A ideia da emissora é mostrar para os fãs um pouco do futuro da F1, apresentando nomes promissores que podem ganhar destaque nas pistas pelos próximos anos. Atualmente, a F2 possui oito etapas diferentes e conta com a presença de quase 30 pilotos. O brasileiro Felipe Drugovich é uma das esperanças do país, pois em 2021 conseguiu alguns bons resultados e somou mais de 60 pontos na tabela de classificação.

A Fórmula 3 também merece algum destaque, pois também vem conseguindo passar maior profissionalismo para os fãs. Na temporada atual, os 35 pilotos inscritos disputaram sete etapas, com mais de 21 corridas por toda a Europa. Toda essa estrutura só foi possível com o projeto da FIA de exigir mais atenção com a carreira dos jovens pilotos. O objetivo principal é evitar que profissionais sem experiência, e que possuem apenas dinheiro, possam largar na F1 colocando em risco a vida de companheiros.

Os pontos e as regras da Superlicença

A Superlicença foi a forma que a FIA encontrou para aumentar o interesse nas categorias menores. Essa carteira especial é necessária para os pilotos que almejam correr na Fórmula 1, e consegui-la ficou mais difícil recentemente. São precisos 40 pontos, que só podem ser conquistados em divisões inferiores, como mostra a tabela no blog Betway Insider. Por exemplo, o campeão da F2 ganha exatamente este valor, e isso significa que um bom desempenho nessa categoria vale muito para o futuro no automobilismo mundial.

Enquanto isso, o campeão da F3 recebe 30 pontos de premiação, e pode totalizar os 40 pontos se conseguir ficar entre os seis primeiros da F2 na temporada seguinte. A ideia é incentivar os pilotos a disputarem muitas corridas nas categorias menores, o que garante muita experiência de pista. Apesar de dificultar a vida dos profissionais, essa é uma regra que tem sido elogiada por muitas pessoas envolvidas neste mundo.

A entrevista exclusiva de Felipe Giaffone, ex-piloto da Indy e atual comentarista da Band, para a Betway, site de apostas online, mostra como pode ser positiva a rigidez da Superlicença. O brasileiro acredita que forçar mais corridas nas categorias menores é uma garantia de que vai haver uma seleção aprimorada dos jovens pilotos, e isso significa mais profissionais maduros largando no grid todo domingo.

Inspiração na MotoGP

A ideia da FIA com a Fórmula 1 é criar uma espécie de carreira para os pilotos, algo que acontece em outras disputas envolvendo o automobilismo. Na MotoGP, por exemplo, a Dorna conseguiu criar um sistema perfeito que funcionou sempre no mundo das duas rodas. Todo piloto que deseja brilhar nas motos de altas cilindradas, seja de mil ou até maiores, precisa antes de bons resultados na Moto2 e na Moto3.

Nomes muito conhecidos atualmente, como Valentino Rossi, Marc Marquez e Fabio Quartararo, tiveram que disputar competições com motos menores para alcançarem uma oportunidade na MotoGP. Essa espécie de escada na carreira dos pilotos é muito positiva, e impede que profissionais inexperientes disputem etapas tão competitivas como é na maior competição de motos do mundo.

A Superlicença nunca será uma unanimidade na Fórmula 1, mas isso não quer dizer que seja algo negativo. Na verdade, o objetivo da FIA é deixar as corridas mais seguras, e para isso é necessário valorizar as categorias menores, principalmente a F2 e a F3, principais braços da disputa principal.

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