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Coluna Especial do Daniel Serra: correr no Brasil ou no exterior?

2 Minutos de leitura

  • Publicado: 24/05/2020
  • Atualizado: 24/05/2020 às 13:44
  • Por: Redação

*por Daniel Serra

Pilotar é sem dúvida, uma das grandes paixões da minha vida e hoje, tenho vivido uma experiência incrível, participando de dois programas muito expressivos.

Daniel Serra
Arte: Venício Zambeli

No Brasil, corro na Stock Car e defendo as cores da equipe Eurofarma-RC, que considero uma das melhores de toda a história da competição. Quem gosta e acompanha, sabe o quanto essa categoria é acirrada, com pilotos expressivos e geralmente, as decisões são levadas até a última etapa. No final do ano passado conquistei ao lado da minha equipe o tricampeonato e foi muito especial porque vencemos as três últimas temporadas, consecutivamente.

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E no exterior, embora eu já tivesse uma jornada, no ano passado fui convidado a integrar a equipe de fábrica da Ferrari como piloto oficial, e sem dúvida, foi e está sendo um momento glorioso. Mas, o que as pessoas sempre perguntam é: Qual a diferença entre correr no Brasil e correr no exterior?

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Posso dizer que, correr em si, é igual, afinal, são competições de automobilismo, mas, existem muitas diferenças.

A primeira é técnica.

Na Stock Car recebemos os carros prontos e com a mesma estrutura, ou seja, nosso trabalho é focado no setup. Por um lado, isso é bom, porque o resultado passa a depender apenas do piloto e da equipe e assim, podemos nos concentrar nos detalhes. Mas, por outro, sendo os carros iguais, ficamos todos limitados e o grid fica muito próximo.

Já na Ferrari, por ser uma fábrica, há um trabalho de desenvolvimento, desde pneus, até partes do carro, equipamentos eletrônicos, ou seja, são muitas variáveis e isso me leva a um outro aprendizado. E todo esse conhecimento é fascinante, porque adquiro novas habilidades e passo a trabalhar com muito mais pessoas.

Outra mudança quando se trata de corridas são os autódromos. No Brasil temos poucos circuitos com boa infraestrutura, mas, por outro lado, temos traçados que são muito prazerosos de guiar. E no exterior a infraestrutura é fantástica como Spa, Le man e Daytona.

Às vezes, as pessoas me perguntam onde gosto mais de correr. Não consigo escolher. Porque para mim, correr é trabalho, é o que eu faço, e envolve muito preparo e suor, desde o condicionamento físico, alimentação, preparo emocional e conhecimento técnico. Por isso, digo sempre que, o que eu vivo agora tem sido especial para mim. Poder competir em duas categorias expressivas onde uma complementa a outra e ambas, me ajudam a crescer como profissional e como ser humano é tudo o que eu almejo agora.

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