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McLaren Speedtail: mistura de Fórmula 1 + Fórmula E = 403 km/h!

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  • Publicado: 18/05/2020
  • Atualizado: 18/05/2020 às 12:10
  • Por: Venicio Zambeli

Utilizando bateria desenvolvida com tecnologia obtida pela marca na Fórmula E, este carro híbrido Hyper-GT tem também motor V8 biturbo, com muito do aprendizado da equipe de Woking na Fórmula 1

Texto: Luiz Aberto Pandini/divulgação – Edição: Venício Zambeli

Depois de fornecer desde o início da Fórmula E, com sucesso, o E-Motor e a Unidade de Controle do Motor (que derivam originalmente do trem de força elétrico usado no hipercarro McLaren P1) a todas as equipes da categoria, a McLaren Applied manteve o fornecimento dos componentes também para a segunda geração dos carros da competição elétrica. Desde 2018, a FIA anunciou a McLaren Applied como o único fornecedor de baterias para a Fórmula E.

McLaren
Arte: Venício Zambeli

Desde a temporada passada, o carro de Fórmula E da 2ª Geração (o Gen2 ), precisou completar uma distância total da corrida sem que os pilotos precisassem trocar de carro no meio da prova. Isso ocorre porque a bateria fornecida pela McLaren Applied quase dobrou a quantidade de energia utilizável, passando para 54 kW/h.

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Os carros da Fórmula E – Gen2 são alimentados por baterias McLaren Applied, que foram desenvolvidas e fabricadas em associação com o parceiro de baterias da marca. A potência da bateria é de 200 kW para a corrida e atinge um pico de até 250 kW para a qualificação.

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Além de fornecer uma vitrine global para as tecnologias sustentáveis da McLaren, o fornecimento da bateria de Fórmula E traduz outro exemplo da visão da marca para trabalhar em estreita colaboração com os parceiros da categoria e para ajudar a tornar a experiência dos fãs e consumidores da marca mais rápida.

McLaren
Foto: divulgação/McLaren

E é aí que entra o modelo de rua da McLaren, o Speedtail. Devido a toda a experiência da McLaren com as corridas elétricas, o McLaren Speedtail possui a maior potência específica de bateria de qualquer carro de rua de produção. O modelo, que é um híbrido Hyper-GT, usa tecnologia de automobilismo para complementar o motor a combustão V8 biturbo. Um sistema inovador de refrigeração da bateria permite que a propulsão elétrica trabalhe mais por mais tempo.

Speedtail
Foto: divulgação/McLaren

Após o anúncio de que o Speedtail – o McLaren mais rápido de todos os tempos – havia concluído testes de validação em alta velocidade nos Estados Unidos e atingido mais de trinta vezes a velocidade máxima de 403 km/h, os engenheiros da McLaren fizeram mais uma pergunta do que qualquer outra: “Como o Speedtail pode ser tão rápido?”

A resposta é que uma combinação de atributos, incluindo excelência aerodinâmica e baixo peso do veículo, permite o desempenho surpreendente do híbrido Hyper-GT. Fundamental para isso é um sistema de propulsão elétrica de corrida que incorpora tecnologia de baterias pioneira para estabelecer uma nova referência para a eficiência hibridizada. Isso desbloqueia a intensa aceleração do Speedtail: da imobilidade aos 300 km/h em 13 segundos – uma marca de tirar o fôlego − e velocidade máxima de 403 km/h.

O trem de força M840TQ compreende um motor V8 biturbo de combustão interna de 4 litros e uma unidade de acionamento elétrico. Juntos, eles desenvolvem até 1.070 HP e torque máximo de 1.150 Nm. O motor V8 apresenta tecnologia evoluída a partir do primeiro hipercarro híbrido da McLaren, o lendário McLaren P1. E muito da experiência da equipe inglesa na Fórmula 1 também é pensado para o carro. Um novo sistema de admissão de ar de baixo peso, um aprimoramento do resfriamento da cabeça do cilindro e um pistão de design revisado contribuem para os 757 HP e 800 Nm do motor “tradicional” a gasolina do Speedtail.

O motor elétrico, que utiliza tecnologia derivada da Fórmula E, gera mais de 230 kW. Ele fornece ao Speedtail a instalação de mais alto desempenho – incluindo refrigeração e integração – de qualquer motor elétrico atualmente em uso em um carro de rua de produção em série. A entrega de energia é de 8,3 kW/kg, o dobro da eficiência de um carro esporte comum.

Fórmula E
Foto: FIA Formula E

Os engenheiros da McLaren Applied – a divisão do McLaren Group que se concentra no desenvolvimento, telemetria, eletrificação e controle de produtos virtuais – trabalharam com a equipe da Speedtail Electric Drive Technology para integrar sua tecnologia inovadora de inversor e conversor DC/DC, desenvolvida no automobilismo, ao sistema de propulsão elétrica, garantindo os níveis de controle e gerenciamento de energia necessários para o híbrido Hyper-GT obter seu desempenho extraordinário.

McLaren
Foto: divulgação/McLaren

O sistema de armazenamento de energia de alta tensão é onde a Speedtail realmente inova. Uma célula cilíndrica de alta potência, organizada em uma matriz única, a unidade de 1.647 kWh está na vanguarda da tecnologia de baterias, sendo extremamente compacta e oferecendo a melhor relação peso-potência de qualquer bateria de alta tensão disponível atualmente. Como uma indicação do avanço da tecnologia McLaren, a densidade de potência desta bateria é quatro vezes a da unidade do McLaren P1, fornecendo 5,2 kW/kg e uma saída de 270 kW.

McLaren
Foto: divulgação

O design e a integração do sistema de bateria permitem que o Speedtail atinja sua velocidade máxima com a implantação inteligente de energia, com estes números alcançáveis porque as células são termicamente controladas por um sistema de refrigeração dielétrico e permanentemente imersas em um óleo leve e eletricamente isolante que rapidamente transfere calor para longe das células. Esse sistema, o primeiro de seu tipo em um carro de produção, é altamente eficiente e permite que as células funcionem melhor e por mais tempo.

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