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Fórmula 1
Binotto sugere teto orçamentário distinto para as equipes da F1

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  • Publicado: 08/04/2020
  • Atualizado: 08/04/2020 às 17:24
  • Por: Leonardo Marson

Mattia Binotto, chefe de equipe da Ferrari, concorda com a adoção de um teto de gastos para as equipes da Fórmula 1. Porém, o dirigente acredita que as equipes consideradas grandes, caso do time de Maranello, deveria ter um limite maior em relação as outras escuderias que disputam a principal categoria do automobilismo mundial. A justificativa é de que os grandes times produzem todas as peças dos carros, enquanto os outros compram.

Mattia Binotto
Binotto vê necessidades diferentes entre as equipes, e acredita que um teto igual para todos não é a melhor solução. (Foto: Ferrari)

“Temos total consciência das dificuldades de algumas equipes. Estamos cientes de que teremos de ajustar os gastos para o futuro da F1, reduzir custos para salvar as equipes. Estamos já discutindo com FIA e F1 a redução no teto orçamentário, mas não podemos esquecer também que são equipes com estruturas diferentes e produções diferentes”, disse o dirigente, em declaração à emissora de TV britânica Sky Sports.

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De acordo com Binotto, a situação causada pela pandemia de coronavírus faz com que cada uma das equipes tenha necessidades diferentes. Por este motivo, o representante da equipe italiana reforça que o teto de gastos precisa ser diferente entre as equipes. A mesma preocupação é compartilhada por Red Bull e por McLaren, que teme até pela extinção de quatro equipes.

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“Há times como a Ferrari e outros de ponta que desenham, desenvolvem e homologam tudo. Produzem cada uma das partes do carro. Outras equipes são clientes, compram peças, então não desenvolvem todos os componentes deles. Assim, na discussão de teto, não podemos esquecer dessas situações, precisamos achar um termo que encaixe as diferentes situações de cada equipe”, segue o italiano.

“Talvez a resposta seja um teto salarial que não é igual para todas as equipes. Acho que o mais importante é que a conferência com equipes, FIA e F1 foi construtiva e positiva. Ainda precisamos analisar alguns cenários para tomar as decisões corretas, devemos evitar agir muito com a emoção agora”, explicou Binotto.

“Sei que estamos enfrentando dificuldades, mas precisamos dar um jeito de manter nosso DNA, a essência da F1, que é a competição, não esquecer isso. É hora de sermos racionais e entendermos todos os detalhes para que a gente tome uma decisão com a cabeça e não com o coração”, completou o dirigente da Ferrari.

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