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Conheça o carro de rua concebido por Bruce McLaren

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  • Publicado: 08/04/2020
  • Atualizado: 08/04/2020 às 13:12
  • Por: Leonardo Marson

Um carro com tudo o que um superesportivo atual tem, mas que foi produzido em 1969. Este é o M6GT, modelo desenvolvido por Bruce McLaren, fundador da marca de carros inglesa, e que é a gênese da linha atual da McLaren para carros de rua. O modelo, inicialmente criado para a disputa do Mundial de Marcas (equivalente ao FIA WEC), em 1964, ano de fundação da empresa.

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McLaren M6GT foi projetado para as pistas, mas se tornou um carro de rua. (Foto: McLaren)

Dois anos após a fundação, a McLaren estreou na Fórmula 1 e na Can-Am, campeonato de corridas de longa duração baseado nos Estados Unidos. Foi no torneio da América do Norte que, em 1967, os ingleses se tornaram dominantes com o M6, biposto com cockpit aberto que era equipado com motor Chevrolet V8 de 5,9 litros. Foi o chassi do M6 a base do M6GT, carro que a McLaren pretendia inscrever no Mundial de Marcas, em 1969.

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O M6GT tinha carroceria do tipo cupê fechado, e o motor seria o mesmo da Can-Am, mas Bruce McLaren, que venceu as 24 Horas de Le Mans com um Ford GT40 em 1966, optou por deixar aberta a possibilidade de instalar o motor Ford de 7 litros no modelo. A ideia de McLaren era vender 250 unidades do modelo por ano, fazendo com que os compradores escolherem o motor de preferência.

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No segundo semestre de 1968, a FIA mudou o regulamento do Mundial de Marcas, com os esporte-protótipos passando a ter motores de até três litros. Modelos com motores acima dessa cilindrada precisariam ter pelo menos 25 unidades produzidas para receber homologação. Com quatro carros prontos, McLaren cancelou a participação no torneio, mas adaptou um dos modelos, na cor vermelha, para as ruas, apresentando-o em 1969.

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McLaren M6GT pilotado por Denis Hulme na Can-Am. (Foto: McLaren)

Externamente, o M6GT era igual ao carro que iria para a pista. O motor, um Chevrolet V8 com 5,7 litros, desenvolvia 370 HP, e levava o carro da inércia até os 100 km/h em apenas 4,2 segundos, alcançando de velocidade máxima 265 km/h. Bruce usou o modelo nas ruas por muitos meses, e passou a ter como objetivo torná-lo o carro de rua com aceleração mais rápida do mundo.

Um fato, porém, mudou o rumo da história. Em 2 de junho de 1970, Bruce se acidentou com um McLaren Can-Am em Goodwood, na Inglaterra, fazendo com que os novos donos da empresa, Teddy Mayer e Phil Kerr, voltassem o foco da empresa apenas para as corridas. Assim, o segundo carro esporte da marca, o McLaren F1, foi lançado apenas em 1990, quando Ron Dennis e Mansour Ojjeh eram os donos da fábrica.

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