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Protagonista: Rogério Raucci

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  • Publicado: 28/10/2015
  • Atualizado: 27/03/2019 às 9:38
  • Por: Racing

<p>R<span style="line-height: 1.6em;">ACING recebeu em sua sede para uma entrevista uma das pessoas mais envolvidas hoje em dia com o automobilismo brasileiro, em todos os aspectos. Rogério Raucci é dono de equipes na Fórmula 3, no Brasileiro de Turismo e no kart. Já foi piloto e seus filhos Raphael Raucci, Giulliano Raucci e Leonnardo Raucci também seguiram carreira nas pistas. Não bastasse estas ligações, Rogério Raucci mostrou em uma conversa com a RACING que está intimamente ligado ao dia a dia dos bastidores para lutar pela melhoria do esporte a motor e para o desenvolvimento do esporte no Brasil. Confira.</span></p>

<p><strong>RACING</strong> • Conte como foi que começou o seu envolvimento com o automobilismo?<br />
<strong>Rogério Raucci</strong> • Tudo começou quando fui morar na região da Granja Viana, na grande São Paulo. Um dia minha esposa veio me falar que havia perto de casa um kartódromo, que era muito bacana. Na verdade, não dei muita “bola”, apesar de eu sempre gostar de automobilismo, assistir corridas nas TV e ver provas em Interlagos. Mas foi meu filho, Raphael, que é muito ativo, que deu o passo inicial para entrar nas corridas. Um dia fomos ver o kartódromo e ficamos assistindo algumas atividades que estavam acontecendo na pista. Foi quando um sujeito chegou nele e disse: “Você não quer andar?” E eu respondi: se você quiser andar, pode andar. E ele foi, andou bem e ali começou toda a história.</p>

<p><strong>RACING</strong> • E qual foi o primeiro passo como “empreendedor” neste ramo do esporte?<br />
<strong>Rogério Raucci</strong> • Foi naquele momento mesmo. Quando o Raphael decidiu correr, comprei um kart de 2,5 hp. Não só o envolvimento dele começou a ficar sério, como o meu também, para acompanhá-lo. Acabei andando também de kart, o que me mostrou uma visão diferente e me ajudaou no entendimento do processo todo. O Giulliano e o Leonnardo, meus outros filhos, também decidiram correr. A família passou a viver aquilo intensamente. Notei que não era apenas uma atividade de hobby, mas uma atividade educacional. Se eu pudesse falar para os pais colocarem seus filhos no kart, eu indicaria na hora. Porque o kartismo ensina que você deve ter disciplina, seguir regras e saber perder. E como na vida a gente perde muito mais do que ganha, é necessário saber perder, saber que perder faz parte. Depois que você aprende isso, você se torna uma pessoa melhor. Neste momento que entra a importância de defendermos uma seriedade muito grande nas áreas das regras e aplicação das mesmas por parte dos órgãos responsáveis pelo automobilismo, porque é naquele momento que está se formando a base e o caráter de um piloto, que ele levará para a vida toda dele nas competições. É por isso que me preocupo e fico atento a ajudar e opinar nestas questões, nas categorias nas quais eu atuo mais de perto. E com a minha família toda correndo, sempre com muito apoio de todos que trabalham com a gente, sentimos a necessidade de que precisávamos fazer algo um pouco maior em termos de estrutura, para atender todas as nossas necessidades. Aí, já tinha um motorhome, um caminhão e montei a minha equipe. Foi uma forma de eu ajustar as coisas mais do meu jeito e ter uma autonomia em gerar aquilo, que virou um negócio.</p>

<p><strong>RACING</strong> • E quais foram os passos seguintes?<br />
<strong>Rogério Raucci</strong> • A partir do momento que meus filhos foram subindo de categoria, precisei acompanhar o desenvolvimento deles, mas sem deixar de lado a estrutura que já tinha no kart. E foi aí que abri espaço para outros pilotos participarem do meu time, utilizando tudo o que eu já tinha de experiência. Com a participação do Raphael na Stock Jr., surgiu a oportunidade de testar na Fórmula 3. E eu, com minha experiência como executivo de uma empresa na qual trabalho, e com o que passei no kart, enxerguei que com os valores que teria de investir pessoalmente para que meu filho andasse na categoria de fórmula, eu conseguirira montar minha própria estrutura.</p>

<p><strong>RACING</strong> • E como foi a ligação com a Fórmula 3?<br />
<strong>Rogério Raucci</strong> • Como eu tive a participação de meus filhos no início da minha operação na Fórmula 3, a equipe cresceu. Hoje, nenhum de meus filhos corre em minha equipe, mas ela está montada e com muita qualidade. Assim, minha relação com a Fórmula 3 sempre foi de fazer o melhor pela categoria, desde que entrei. E estamos fazendo um trabalho, em conjunto com outras equipes e com a CBA, de ajudar no custo da categoria, no aperfeiçoamento do regulamento e nas melhorias de reestruturação dos times e dos negócios da F3.</p>

<p><strong>RACING</strong> • Quais seus planos futuros?<br />
<strong>Rogério Raucci</strong> • Profissionalmente já estamos envolvidos também no Brasileiro de Turismo, com uma equipe própria. E nosso objetivo é de manter forte a estrutura no kart, dando espaço e apoio a pilotos de alto nível, e também na Fórmula 3, que por enquanto é a única categoria escola que nosso automobilismo possui. Do lado pessoal, continuar apoiando os passos dos meus filhos no automobilismo ou onde estiverem.</p>

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