<p><img alt="Raphael Abbate exibe o seu carro dourado para a Corrida do Milhão" src="/wp-content/uploads/uploads/abbate_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>
<p>Se ousadia na pintura gerasse alguns cavalos extras ao motor, os carros da equipe Hot Car muito dificilmente não largariam na primeira fila da Corrida do Milhão, sétima etapa da temporada 2016 de Stock Car, que acontece neste domingo (11). Nada contra os demais carros do grid, contudo a opção do time por envelopar os veículos dos pilotos Raphael Abbate e Felipe Lapenna com um filme dourado da Avery Dennison, produtora de materiais para rótulos e soluções para embalagens, resultou em algo chamativo. Inesperado.</p>
<p>Confesso que tão logo Abbate e Lapenna puxaram o pano que cobria seus veículos, meu primeiro pensamento foi um pouco além da Stock: destinou-se à Fórmula 1, mais precisamente. Afinal, como seria bom se as equipes da categoria mundial tivessem uma disposição por ousar nas cores de seus monopostos!</p>
<p>Atualmente, a F1 parece restrita a uma ditadura das cores semelhante a da frota automotiva mundial – que, segundo relatório divulgado no ano passado, pela Axalta Coating Systems, possui nada menos 76% de veículos restritos às cores prata, preto, branco e cinza.</p>
<p>É preciso ressaltar que não estou aqui empenhado em uma crítica às cores empregadas nos carros de F1. Este já é um assunto subjetivo, gosto de cada um. Minha crítica, de fato, é para essa aparente padronização na categoria. Se não vivêssemos em tempos de TV HD, Ultra HD, 4K e afins, certamente identificar alguns dos carros durante as provas seria uma missão mais complicada ainda.</p>
<p>Até mesmo quem parece que vai inovar, não inova. Refiro-me à novata Haas.</p>
<p><img alt="Force India e Haas: equipes e carros diferentes, cores parecidas" src="/wp-content/uploads/uploads/haas_force_india_620x467.jpg" style="opacity: 0.9; line-height: 20.8px; margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>
<p>Em fevereiro do ano passado, o proprietário da equipe, Gene Haas, afirmou à revista italiana Autosprint que gostaria de conceder um destaque aos seus bólidos em meio a “carros de cor cinza e prata que parecem todos iguais”. Citou o amarelo como cor predileta. Diversos colegas cravaram que assim seria a pintura dos monopostos norte-americanos: amarelo. No entanto, logo que o modelo VF-16 foi apresentado, em fevereiro passado, uma “surpresa”: o esquema visual adotado usava preto, cinza e vermelho. As cores oficiais do time.</p>
<p>Claro que os interesses comerciais são determinantes para a escolha das cores predominantes dos monopostos. Evidentemente, um patrocinador máster não gostaria de ver sua marca estampada em um bólido cuja cor faça referência a um concorrente de mercado. Contudo, há espaço para a criatividade, sim. E um desses casos foi o “Honda Terra” da temporada 2007.</p>
<p>Naquela temporada, a Honda inseriu uma grande imagem do Planeta Terra em seus carros. Um dos objetivos: chamar a atenção quanto à importância da preservação ambiental.</p>
<p><img alt="O Honda de 2007 contou com uma imagem da Terra em sua carenagem" src="/wp-content/uploads/uploads/honda_2007_620x467.jpg" style="opacity: 0.9; line-height: 20.8px; margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>
<p>A princípio, esta ideia parece, até certo ponto, suicida: cadê os patrocinadores? Não, a Honda não abriu mão de seus patrocinadores! Embora não expostos no carro, as marcas toparam aparecer em diversas ações promocionais. Mais que isso: em um período onde a sustentabilidade já tendia a fazer cada vez mais parte da pauta das empresas, ter sua imagem associada a um projeto desses, sobretudo em um segmento tão tecnológico quanto à Fórmula 1, soava como uma grande vitrine de engajamento ambiental.</p>
<p>Novamente… Não pretendo entrar na questão de qual cor é “bonita” ou “feia”. Mas é inquestionável que a Fórmula 1 atual está distante da criatividade de décadas atrás, quando desfilavam carros coloridos como os da Benetton, amarelo da Jordan, ciano da Leyton House, laranja da Arrows, verde da Jaguar… Muito distante. </p>
<p>Que o dourado da Hot Car inspire o pessoal da F1! </p>
<p><img alt="A Benetton sempre apostou em cores "chamativas", como no carro de 1992" src="/wp-content/uploads/uploads/schumacher_benetton_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-e3Ti9byTvoE/V3_xil9Z_mI/AAAAAAAAAs8/xmseVob_emMhI4LI-bTilqsM8K-_3CpnQCLcB/s1600/rafael_ligeiro.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-e3Ti9byTvoE/V3_xil9Z_mI/AAAAAAAAAs8/xmseVob_emMhI4LI-bTilqsM8K-_3CpnQCLcB/s1600/rafael_ligeiro.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><em><span font-size:="" mso-bidi-font-weight:="" open="" style="background: white; color: #222222; font-family: "><b>Rafael Ligeiro</b> é jornalista e publicitário. Estreou na Comunicação em 2002, como colunista de automobilismo, esporte do qual é fã desde sua infância. Possui mais de 600 artigos publicados em veículos do Brasil e do Exterior, para segmentos como esportivo, científico e literário. Editor executivo do site </span><span style="color:#B22222;"><span font-size:="" mso-bidi-font-weight:="" open="" style="background: white;"><strong>RACING ONLINE</strong></span></span><span font-size:="" mso-bidi-font-weight:="" open="" style="background: white; color: #222222; font-family: "> desde junho de 2016, acumula ainda passagem por agências de publicidade.</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span open="" style="font-family: "><o:p></o:p></span></div>
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